Campinas completou 247 anos de história em 2021. Há muita história acumulada no seu território, e o Centro é um dos bairros em que podemos observar isso.
Embora, muitas vezes, a conservação do patrimônio não seja um dos fortes da cidade, é possível ainda, com um olhar atento, ver e usufruir de alguns dos principais pontos turísticos centrais. Além disso, também temos ruas tradicionais de comércio que, há muito tempo, fazem parte do cotidiano campineiro.
Confira, a seguir, alguns destes principais pontos locais para turistar:
O Mercadão é um edifício secular, projetado pelo famoso arquiteto Ramos de Azevedo (o mesmo que projetou o Teatro Municipal de São Paulo e o próprio mercadão da capital, entre outras importantes obras) em 1908 e tombado em 1982 pelo Condephaat. Nem sempre o prédio teve a função de mercado. No início, servia para estocar produtos transportados pela ferrovia Funilense até o Porto de Santos.
Atualmente, o espaço de 7.720 m² conta com as mais diversas bancas, nas quais são vendidos grãos, farinhas, frutas, legumes, produtos naturais, peixes, carnes, temperos, entre muitos outros. Há também locais para comer ali dentro, como a pastelaria e o bar do Rafa, com comidas de boteco muito apetitosas.
A Estação Cultura é um espaço onde, antigamente, era uma estação ferroviária, inaugurada em 1884. Nela, transitavam passageiros da ferrovia até 2001 e, a partir de então, apenas trens de carga passam por ali.
Agora, o local abriga diferentes tipos de feiras gastronômicas e culturais frequentemente, além de shows e palestras. Ali, há a “Sala dos Toninhos”, espaço com arquibancada que comporta até 70 pessoas, para apresentações de pequenos grupos de teatro.
O Centro de Convivência é um grande complexo arborizado em que há, no meio, um anfiteatro ao ar livre, além de um teatro no subsolo. Além disso, todos os sábados e domingos, das 08h às 14h, há uma feira cultural e gastronômica, popularmente conhecida como “Feira Hippie”, em que é possível encontrar diversos tipos de produtos e artesanatos, como roupas, vinis, artigos de antiquário, bijuterias, calçados, entre outros.
Há uma parte da feira que vende quadros de diversos pintores locais; outra em que encontramos alguns produtos esotéricos, de terapias alternativas e, até mesmo, alguns massagistas; e uma outra área em que estão localizadas as barracas de comidas e sucos naturais.
Infelizmente, tanto o teatro quanto o anfiteatro estão desativados há muitos anos, mas atualmente ambos espaços contam com uma revitalização que tem previsão de ficar pronta em outubro de 2022.
Muito próximo ao Centro, temos o Teatro Castro Mendes, que, em 1970, foi incorporado inicialmente ao antigo Cine Casablanca. Desde então, o espaço foi revitalizado diversas vezes, tendo ficado quase cinco anos fechado, até que, em 2012, ele foi reaberto com novas intervenções arquitetônicas, especialmente de sua fachada.
É um importante espaço cultural da cidade e conta com 760 lugares. Frequentemente, há shows, como de Hermeto Pascoal, Fernanda Takai, Jards Macalé, além de peças, apresentações de dança e concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
A Catedral Metropolitana de Campinas levou quase 80 anos para ser concluída e foi inaugurada em 1883. Segundo o site da Prefeitura de Campinas, é “o maior edifício do mundo construído em taipa de pilão, com 4 mil metros quadrados”.
A catedral já foi várias vezes restaurada e, no último restauro, aproximadamente em 2018, recuperou a cor amarelo ocre original da construção. O espaço também conta com um órgão de tubos francês, que está ali desde a inauguração.
O Jockey, tombado em 1994, é uma construção do engenheiro Augusto Lefréve, inaugurada em 1925 e, além das apostas em corridas de cavalos, foi um espaço que ocorreram muitas festas e recitais de música clássica.
Em 1974, ocorreu a última corrida do hipódromo. Atualmente, após sua revitalização, continua sendo a sede do Jockey Clube, além de ter um restaurante e uma boate, a Club88.
Há, em frente ao edifício, a praça Bento Quirino, onde ocorre uma feira gastronômica e de artesanato todas as quartas e quintas-feiras. Também, há alguns restaurantes e bares ali, com mesas ao ar livre. Um deles é o Tonico's Boteco, que recebe shows especialmente de samba e música brasileira no geral.
O Bosque dos Jequitibás é um complexo de lazer de 10 hectares que, desde 1915, pertence ao município de Campinas. Nele, além das diferentes espécies de árvores e plantas, possui um zoológico com diferentes aves, hipopótamos, onça pintada, répteis, entre outros.
É muito usado para caminhadas e corridas em sua pista. Também, há brinquedos infantis e outros espaços interessantes como o Aquário Municipal e o Teatro Carlos Maia, voltado para peças infantis.
O Palácio dos Azulejos já teve vários usos, sendo, inicialmente, a moradia da família Ferreira Penteado desde 1878. No início do século XX, o palacete foi vendido para o município e se tornou o paço municipal. Ali também já foi, posteriormente, o Departamento de Águas e Esgoto e, na década de 1970, a SANASA.
A edificação foi tombada pelo IPHAN em 1967. Voltou a ser a sede do gabinete do ex-prefeito Toninho, em 2001 e, após a sua morte, tornou-se o Museu da Imagem e do Som. Frequentemente, há atividades culturais ali, como o cineclube que é organizado pelos coordenadores do espaço.
No Centro de Campinas, há algumas ruas tradicionalmente conhecidas pelo seu comércio. São elas:
Rua 13 de maio: variadas lojas de departamento, lojas de vendas de peças de roupas por atacado, de produtos de beleza e de bijuterias, de calçados, de celulares, entre outras;
Avenida Francisco Glicério: principais bancos e instituições financeiras, farmácias, lojas de roupas, lojas de departamento e de celulares, lanchonetes, alguns hotéis e uma sede dos Correios;
Rua José Paulino: essa rua é conhecida por ter muitas lojas de vestidos de festa, especialmente de noivas, além de várias lojas de fantasias. Nela, também está localizada a faculdade ESAMC e o Corpo de Bombeiros;
Como vimos, no Centro de Campinas, há vários pontos turísticos para se conhecer, carregados de muita história. Interessante notar que alguns edifícios, como o Mercadão, o Jockey Club ou o Palácio dos Azulejos, mudaram seu uso conforme o tempo foi passando. Além disso, muitos desses espaços são marcos da cidade e passaram por diversas revitalizações ao longo dos anos, o que é muito importante para se preservar a memória e o significado dos mesmos.
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