O ET da Unicamp

Você já ouviu falar sobre a história de que o “ET de Varginha” estaria no famoso Pavilhão 18 do Instituto de Química?

Mesmo em meio a tantos estudos, laboratórios, livros e bibliotecas, os boatos e teorias conspiratórias continuam aguçando a curiosidade dos estudantes e demais membros da comunidade acadêmica e são várias as lendas urbanas que transitam pelos institutos da Unicamp há muitos e muitos anos.

Uma delas é a história de que o corpo do “ET de Varginha”, encontrado nos anos 1990 próximo à cidade de Varginha, sul de Minas Gerais, foi encaminhado até o Pavilhão 18 do Instituto de Química, localizado em um laboratório secreto no subsolo.

Vamos contar com um pouco mais de detalhes sobre a origem dessa lenda e, depois, relatar alguns depoimentos de funcionários e pessoas ligadas à Unicamp que estavam ali na época.

A origem do ET

Pode ser que muitos atuais estudantes da Unicamp não saibam, mas no dia 20 de janeiro de 1996, tem-se o relato sobre a aparição do ET, na cidade de Varginha, Minas Gerais. Naquele dia, três meninas passeavam pelo bairro Jardim Andere, quando viram um vulto de aspecto estranho em um terreno baldio. Segundo o relato das garotas, era um ser baixinho, de cor marrom e de olhos avermelhados, com pescoço e dedos compridos, corpo oleoso e mão grande.

Essa era uma época em que muitos seres ou objetos de formato indefinido surgiam nos arredores de algumas cidades brasileiras, o que gerava muitos boatos a respeito, como o chupa-cabra (ferindo animais de sítios e propriedades rurais em várias cidades do interior de Minas e de São Paulo), o próprio ET de Varginha e alguns pedaços de OVNIS - objetos voadores não identificados. Há relatos de ufólogos e de alguns civis, como um casal de sitiantes e de um motorista que dirigia pela rodovia Fernão Dias, em relação a esses eventos esquisitos. Ainda em Varginha, também foram avistados pedaços de uma nave e, na mesma época, diz-se que outros “ETs” foram vistos e capturados por militares.

Não há provas concretas de que tais eventos ocorreram, porém, nessa época, houve uma forte movimentação do Exército nas regiões em que o ET e demais OVNIs foram avistados, o que gera dúvida nos moradores dessas localidades. Porém, um inquérito aberto pela própria força militar concluiu que, especificamente falando sobre o ET de Varginha, se tratava de um morador da região conhecido como “Mudinho”.

Contudo, dúvidas e questionamentos continuaram sendo levantados, e há depoimentos de que o ET foi encaminhado para o Hospital Regional de Varginha e, posteriormente, para Campinas (SP), mais precisamente para a Unicamp.

Outra versão da história, relatada pela Revista UFO, conta que, no mesmo dia, 20 de janeiro de 1996, uma nave similar ao formato de uma van, popularmente conhecida como “besta”, caiu ali no entorno de Varginha e que seus tripulantes teriam sobrevivido. Atraídos pelas luzes da cidade, foram parar ali no terreno baldio do Jardim Andere, em Varginha, sendo que um desses seres foi capturado pelo Corpo de Bombeiros e por membros do Exército de Três Corações, cidade vizinha à Varginha, estando em uma condição bem debilitada.

Ele e um outro ser, sendo este provavelmente o mais conhecido como ET de Varginha, também foi capturado pelos mesmos militares, já estando morto. Ambos foram encaminhados para a Unicamp.

O ET na Unicamp

Há várias versões para essa história, mas, quando da chegada do corpo do ET de Varginha na Unicamp, foi descrito como um ser pequeno, de tom de pele escuro, sem um gênero definido e que não usava roupas ou qualquer espécie de vestimenta. Com isso, diz-se que seu corpo foi encaminhado para um laboratório secreto do Instituto de Química, no subsolo, no Pavilhão 18. Sabe-se que a suposta sala não é acessível para todos os funcionários do IQ e deve-se ter uma senha específica de acesso. Outros dizem que o Pavilhão 18, na verdade, é um grande setor entre o IQ e a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) - e, de fato, seria bem extenso, pois os dois institutos não são vizinhos.

Um dos relatos, dado por um integrante da extinta Rádio Muda, é que, naquela mesma época, estava andando pela Unicamp, quando apareceram cerca de trinta caminhões do Exército, que entraram pela portaria da Praça da Paz e foram sentido ao IQ. São vários os depoimentos a respeito da presença destes caminhões militares no campus, fato que não é muito comum de ocorrer até os dias de hoje. Sendo assim, é possível associar com aqueles relatos de que foram levados por militares de Varginha até a Unicamp.

Outros vários depoimentos rondam em relação aos professores que fizeram as autópsias, que seriam pertencentes à Faculdade de Ciências Médicas. Os mais citados são o legista Fortunato Antônio Badan Palhares, do Departamento de Medicina Legal, e o Dr. Konradin Metze, do Departamento de Anatomia Patológica. Na época, eram chefes destes departamentos, e seus nomes foram muito citados como possíveis legistas do corpo do ET no suposto laboratório secreto.

Para a decepção de alguns, os dois médicos, em entrevista para o G1 e para a Revista UFO, respectivamente, afirmam que não fizeram parte dessa autópsia e nem sabem quem poderia ter realizado a mesma, mas que seria uma honra poder participar de tal acontecimento e não teriam problema algum em falar sobre isso. Para os mais adeptos às teorias conspiratórias, acreditam que os professores legistas não podem trazer tais realizações à tona para o público, por se tratar de um segredo do governo. Muitos acreditam, também, que o corpo do ET de Varginha nem está mais no Pavilhão 18 do IQ. Assim como os pedaços da nave encontrada nos arredores da cidade do sul de Minas Gerais, o corpo também teria sido encaminhado para os Estados Unidos, possivelmente para a Área 51, localizada no estado de Nevada.

Verdade ou não, dois fatos são certos: primeiro, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama revelou, em maio de 2021, que há, sim, filmagens e registros fotográficos de OVNIs - o que nos dá margem de abertura para crer que toda essa história sobre o ET de Varginha possa ser verdadeira; segundo, o Universo conta com mais de 200 bilhões de galáxias, cerca de 100 bilhões de estrelas, sendo que em cada galáxia há inúmeros planetas em que a vida é possível. Sendo assim, por que um ser extraterrestre, em 1996, não pode ter, de fato, aparecido no nosso país?

Em 2016, após 20 anos da história, uma das testemunhas foi entrevistada pela * EPTV Sul de Minas *, reafirmando tudo o que viu e que, de fato, era um ET e que ele não era o “Mudinho”, rapaz da sua cidade, pois facilmente o reconheceria. Ou seja, há muitas informações, especialmente dessas testemunhas oculares, que podem levar a crer no acontecimento, em meio a várias teorias conspiratórias e boatos infundados.

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